11 de agosto de 2011

Fotógrafo registra maior caverna do mundo no Vietnã

Fonte: http://g1.globo.com
Usado como esconderijo na guerra, local foi redescoberto por exploradores em 2009.

O fotógrafo britânico Carsten Peter fez registros inéditos das profundezas da caverna Hang Son Doong, no Vietnã, a maior do mundo. A passagem subterrânea é tão grande que seu fim ainda não foi encontrado.

Hang Son Doong é parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, a cerca de 500 quilômetros da capital, Hanoi.
Caverna já havia sido usada como esconderijo contra os bombardeios americanos durante a Guerra do Vietnã (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters )

Peter acompanhou uma equipe da Associação Britânica de Pesquisa de Cavernas, que descobriu a entrada do local em 2009. A caverna já havia sido usada como esconderijo contra os bombardeios americanos durante a Guerra do Vietnã.

As novas expedições mostram que o espaço tem pelo menos 4,5 quilômetros e chega a 140 metros de altura em algumas partes.

Hang Son Doong é parte de uma galeria de 150 cavernas no Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)

Por causa da descoberta, a passagem subterrânea vietnamita passou a ser considerada a maior do mundo, ultrapassando a Caverna do Veado, na ilha de Bornéu, que tem 1,6 quilômetro de comprimento e 91 metros de altura.

Peter, que é explorador há 35 anos, descobriu até mesmo uma floresta escondida dentro da caverna.

'Visitei tantas cavernas que perdi a conta, mas esta é certamente uma das mais únicas e incomuns que já vi', disse o fotógrafo.
Durante as expedições, as equipes encontraram estalagmites de mais de 70 metros de altura dentro de Hang Son Doong (Foto: Carsten Peter/ National Geographic Stock / Caters)

5 de maio de 2011

Atenção: Lista completa dos participantes e da programação do curso de introdução à Speleo 2011

Clique, aqui, e confira a lista, na íntegra, dos participantes do curso! E aqui, para ficar por dentro da programação que ocorrerá durante o evento!
A equipe do Guano deseja à todos um ótimo aproveitamento do curso!

2 de maio de 2011

inscrições encerradas para o curso do Guano, de introdução á Speleo

" PESSOAL, ENCERROU-SE NESTA TARDE AS INSCRIÇÕES PARA O CURSO DE INTRODUÇÃO À ESPELEO... EM BREVE publicaremos a LISTA COMPLETA Dos INSCRITOS COM o CRONOGRAMA DAS PALESTRAS."

12 de abril de 2011

Introdução á Speleo: Inscrições Abertas!!!

Clique na imagem para ampliar!
É com muita satisfação que o grupo Guano Speleo UFMG inicia, à partir de hoje, as inscrições para o primeiro curso de introdução à Espeleologia de 2011!

As disciplinas serão ministrados por profissionais - membros do grupo e convidados - competentes e especialistas de suas áreas que abrangerão temas como: Biospeleologia, Técnicas Verticais, Turismo, Paleontologia, Arqueologia, Geomorfologia mais, desenvolvimento e mapeamento de cavernas. Sendo que nos dias 7 e 14 serão aulas teóricas e no dia 15 de maio, saída de campo.
O evento está aberto para pesquisadores, estudantes e interessados na área que procuram conhecer mais sobre a Espeleologia e suas singularidades.


Programação:

Dias 7 e 14 de maio, aulas teóricas

Dia: 15 de maio aula prática (Saída de campo)


Horários:

Dias 7 e 14/05 - De 8:00 ao meio dia.

Dia 15 - De 8:00 às 17hrs (previsão de chegada em BH 19 horas) / Gruta Morena- Cordisburgo/MG

Local:

Portaria I - Rua Gustavo da Silveira, 1035 - Bairro Santa Inês.

Como chegar?

http://www.ufmg.br/mhnjb/comochegar.html


Valor do curso: R$ 60,0

Forma de pagamento:

Depósito em conta bancária

Banco Bradesco -237

Agência 3492 -4

Número da conta poupança 1002555 - 9

Em nome de Adriano Andrade Gomes

Das inscrições:

As inscrições só serão válidas após seguir, criteriosamente, as instruções abaixo:
1) Enviar um e-mail para Eleciania Tavares (elecianiatavares@yahoo.com.br) com: Ficha de inscrição COMPLETA e comprovante de depósito anexo (R$60,00 não incluso materiais para campo).

Informações para ficha de inscrição:

Nome completo

Instituição a que pertence

Idade

Endereço Completo

Telefones (fixo/celular)

Caso tenha problemas de saúde especificar e também algum tipo de fobia ou alergia (abelhas, pólen, etc.)

Atenção! Os materiais para a disciplina em campo como: Máquina fotográfica, lanterna, lanche, roupa e calçado serão providenciados pelos próprios alunos, exceto o capacete.

MAIORES INFORMAÇÕES: 84328695 (ELECIANIA)

11 de abril de 2011

Sumidouro abre as portas aos esportes radicais

Sugestão de Fernanda Macedo.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas

Pela primeira vez em Minas, Governo autoriza parque a garantir espaço aos amantes da escalada e montanhismo

DANIEL KNNUP
Escalada
Atletas já praticam a escalada no entorno do Parque do Sumidouro, em Lagoa Santa


A prática de esportes radicais em unidades de conservação ambiental, comum em alguns estados brasileiros e no exterior, terá pela primeira vez local autorizado em Minas Gerais. O escolhido é o Parque Estadual do Sumidouro (Pesu), que fica a 50 quilômetros de Belo Horizonte, na região de Lagoa Santa. Os atletas beneficiados são os iniciados em escalada e montanhismo. Sempre aos domingos, com estreia no dia 22 de maio, até 40 esportistas serão liberados para explorar os cumes rochosos espalhados em 1.300 hectares do parque, que abriga 52 cavernas e 170 sítios arqueológicos históricos e pré-históricos. Para tanto, devem assinar um termo de compromisso assumindo os riscos da atividade.

O gerente do parque, Rogério Tavares, afirma que o pioneirismo da unidade só foi possível depois do estudo de quase dois anos. O trabalho foi realizado por um grupo de especialistas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Associação Mineira de Escaladas (AME), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de organizações ligadas ao meio ambiente, entre eles o Grupo Bambuí, que trabalha com pesquisas espeleológicas. "Por se tratar de uma área protegida por lei, foi preciso fazer levantamento sobre os impactos que essa prática esportiva poderia provocar", explica.

Ele informa ainda que esse grupo de estudos definiu regras para evitar depredação ao meio ambiente. A limitação do número de pessoas é a principal delas. Os esportistas serão monitorados e divididos em grupos que variam de três a oito pessoas. O objetivo é garantir, além da segurança dos atletas, pichações e outras agressões à fauna e flora do parque.

Tavares também esclarece que a prática da escalada e do montanhismo acontecerá em caráter experimental. "Daqui a seis meses, vamos fazer uma avaliação da experiência para corrigir possíveis erros, mas desde já acreditamos que essa novidade vai incrementar o turismo na região", avisa.

O diretor de Áreas Protegidas do IEF, Ronaldo Magalhães, adianta que a prática desse esporte de aventura no Parque do Sumidouro pode ser o início de outras iniciativas semelhantes nos demais parques estaduais.

O IEF já recebeu solicitação do Clube de Voo Livre da Serra da Moeda, na Grande BH, pedindo autorização para que os praticantes desse esporte possam usar a área de quase 4 mil hectares do Parque Estadual do Rola Moça.

O Governo de Minas mantém oito parques abertos à visitação pública, além de outros 25 fechados, que aguardam recursos para investimentos em infraestrutura que permitam serem frequentados.

Montanhista deve ter técnica apurada


O presidente da Associação Mineira de Escaladas (AME), Luís Monteiro, alerta aos entusiastas da novidade a ser implementada no Parque Estadual do Sumidouro (Pesu) que o montanhismo é um esporte que requer técnica apurada para ser praticado. “O interessado deve procurar clubes e associações para aprender em segurança”, ensina.


Para resguardar a integridade física do atleta, a cada domingo, partir do dia 22 de maio, por ordem de chegada, os interessados em escalar naquele parque serão submetidos a perguntas técnicas para avaliação de habilidades necessárias a essa atividade esportiva.


Monteiro também informa que cada esportista deverá colocar à prova dos monitores o material necessário para escalar os cumes rochosos da Unidade de Conservação localizada na região de Lagoa Santa.


Equipamento requer selo de qualidade


Ele explica que todos os equipamentos – entre eles cordas, capacetes, ganchos e uma espécie de “cadeirinha” –, precisam contar com um selo de qualidade emitido pela União Internacional das Associações de Alpinismo, com sede na Suíça. Um montanhista iniciante gasta, em média, R$ 2 mil para compra desses utensílios esportivos.


A AME tem 372 associados e foi a entidade que conseguiu, junto ao Instituto estadual de Florestas (IEF), retomar o local para a prática do montanhismo. Na década de 1990, a área que hoje delimita o parque era um terreno administrado pela Prefeitura de Lagoa Santa, que permitia o montanhismo no local de pouco mais de mil hectares. Por questões de segurança e risco de depredação do meio ambiente, a prática esportiva foi proibida.

“Agora, com todos os estudos de impacto ambiental realizados, voltamos para lá em melhores condições, que é um marco em âmbito nacional e internacional”, avalia Monteiro.

29 de janeiro de 2011

O mapa das minas pré-históricas

Sugestão de Adriano Carvalho






Estado tem seu primeiro mapeamento paleontológico, 
feito pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, 
com a localização de fósseis que remontam a até 
1,6 milhão de anos.
Gustavo Werneck
Beto Novaes/EM/D.A Press
Fora do circuito turístico mais explorado, a Gruta do Baú, em
Lagoa Santa, chama a atenção pela exuberância de suas formações 

Um mapa que indica riquezas mais valiosas do que ouro,
destinado à concessão de licenciamento ambiental, pesquisas,
turismo e conhecimento da pré-história. Pela primeira vez, Minas
tem um documento cartográfico com a localização do seu
patrimônio paleontológico, elaborado, a pedido do Ministério
Público Estadual (MPE), pelo Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e
 Energia. Amanhã, ele chega aos principais órgãos encarregados
 de fiscalizar e proteger o acervo composto de fósseis datados de
11 mil a 1,6 bilhão de anos. Conforme especialistas, o território
 mineiro guarda um precioso baú de ossos de animais, entre
eles dinossauros e grandes mamíferos, com espaço ainda
para vegetais, insetos, peixes e anfíbios de grande importância
 para a ciência. No entanto, devido à sua fragilidade, o tesouro
 está sob permanente ameaça da mineração, construção de
rodovias, barragens e aeroportos, loteamentos e outros
empreendimentos de alto impacto.
Depredação começou com a corrida do ouro
Não é de hoje que o patrimônio paleontológico de
Minas sofre destruição e está ameaçado de desaparecer
do mapa. A dilapidação começou ainda no século 18, na
 época da mineração, com os leitos dos rios revirados e
extensos túneis cavados nas rochas em busca de ouro.
Um caso ocorrido na histórica Prados, na Região do
Campo das Vertentes, ilustra bem essa situação, diz o
coordenador das Promotorias de Justiça de Defesa do
Patrimônio Cultural e Turístico/MG (Cppc), Marcos
Paulo de Souza Miranda, que, preocupado com a preservação
dos fósseis, encomendou o inédito Mapa Paleontológico
de Minas Gerais ao Departamento Nacional de
Produção Mineiral (DNPM).

Felipe Barbi Chaves, do 
DNPM, destaca pioneirismo
Por volta de 1785, conta o promotor de Justiça,
 foi encontrado um esqueleto de “56 palmos de 
comprimento e 46 palmos de altura, ao pé do 
Arraial dos Prados”, numa lavra de ouro, sendo 
chamado para identificá-lo o sargento-mor Simão 
Pires Sardinha, considerado hábil naturalista e 
mineralogista, com estudos na Europa. 
“Ao arrancarem os ossos do buraco, com alavanca, 
o ambiente foi danificado. O pior é que os ossos 
foram enviados a Portugal, pelo governador da
 Capitania de Minas, Luís da Cunha Menezes, 
e não se teve mais notícia deles”, lamenta o 
promotor de Justiça. 
O tempo passou e as agressões aos fósseis incrustados em grutas e 
cavernas do estado não pararam mais. Marcos Paulo afirma que, 
recentemente, em Campina Verde, no Triângulo, um rebanho de 
vacas destruiu parcialmente um sítio paleontológico; na duplicação
da BR-040, em Sete Lagoas, a 70 quilômetros da capital, as obras
deixaram um rastro de destruição, fazendo desaparecer vestígios
históricos. 
“Nosso objetivo é proteger essas áreas. Por isso, vamos 
encaminhar o documento aos órgãos encarregados do 
licenciamento e da preservação ambiental e cultural, entre
eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), Superintendência Regional
de Regularização Ambiental (Supram), Instituto Estadual
de Florestas (IEF)/Secretaria de Estado de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável, Instituto Chico Mendes,
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG),
vinculado à Secretaria de Estado da Cultura”, enumera. 

Pela Constituição Federal, os fósseis são considerados

bens da União e integrantes do patrimônio cultural brasileiro,
ressalta Marcos Paulo, certo de que o mapa representa 
“um primeiro esforço e um avanço” para mostrar todo o 
potencial mineiro, devendo, gradativamente, ser aprimorado
com mais fontes de informação. “É um documento de
referência, para ser consultado a fim de se evitar novos danos”,
afirma o coordenador do Cppc. 

ESTADO NOTÁVEL O mapa foi elaborado, no ano passado,

pela equipe da Divisão de Proteção de Depósitos Fossilíferos 
e Geoprocessamento do DNPM, chefiada pelo geólogo e 
especialista em recursos minerais Felipe Barbi Chaves, que 
trabalha em Brasília. “O Brasil tem ocorrências paleontológicas
notáveis, e Minas, principalmente, é um estado rico e muito 
profícuo. O país está começando, agora, ações sistemáticas para
proteção desse patrimônio”, diz o geólogo, destacando que é 
o primeiro mapa desse tipo elaborado pelo DNPM. O trabalho
contou com informações das universidades federais de Minas
Gerais (UFMG), de Uberlândia (UFU), do Triângulo Mineiro 
(UFTM) e do Rio de Janeiro (UFRJ), do banco de dados do 
Serviço Geológico do Brasil (CPRM), além do próprio DNPM. 
“A ideia é muito boa e queremos estender o serviço para outros
estados interessados”, afirmou. 
No documento, disponível em papel e em meio digital, 
autoridades e pesquisadores vão poder localizar os fósseis, 
caso de restos dos mastodontes, animais que se assemelhavam 
aos elefantes atuais, com tamanho e forma semelhantes; ossos de 
titanossaurídeos ou dinossauros herbívoros; do Uberabasuchus terrificus, 
nome científico de um crocodilomorfo; e mamíferos pleistocênicos, 
que viveram entre 30 mil e 11 mil anos. Quem pensa, no entanto, 
que fósseis são apenas ossos está “historicamente” enganado. 
Há também os troncos de coníferas (semelhantes aos 
pinheiros e araucárias), outros vegetais, insetos, peixes e 
anfíbios. 
Para facilitar a vida dos que trabalham na análise de 

projetos e fiscalização, o documento cartográfico lista 
os sítios de relevância, como Peirópolis, em Uberaba, 
local famoso pelos dinossauros, no Triângulo; as estruturas 
formadas por algas calcárias (estromatólitos colunares), 
em Lagamar, Noroeste de Minas; a região de Arco e Pains, 
no Centro-Oeste, e os vegetais fósseis na Bacia do Rio Fonseca, 
na Região Central. Destaque também para as áreas de 
potencial paleontológico e unidades geológicas, como 
o Grupo Bauru (grupo de rochas), do cretáceo 
superior (entre 100 milhões e 65 milhões de anos), 
com as formações Marília, Uberaba e Adamantina.

Joias em cavernas da Grande BH

Fotos: Beto Novaes/EM/D.A Press
 Ainda é possível encontrar 
fósseis incrustados nas 
rochas de grutas de Lagoa Santa

Paleontologia é a ciência que se ocupa dos fósseis e dos 
registros biológicos com mais de 11 mil anos, indo desde 
pegadas a fezes petrificadas, passando por ossos de animais, 
folhas e outros elementos. Para chegar aos dias de hoje, essas 
joias foram conservadas por meio de mumificação, 
congelamento, âmbar, lagos asfálticos e outros. Em Minas, 
há áreas de destaque, como o Triângulo, a terra dos dinossauros, 
Norte, Noroeste e Sul, além do Vale do Rio das Velhas, 
principalmente a região cárstica de Lagoa Santa, 
na Grande BH, onde o paleontólogo dinamarquês Peter W. Lund, 
conhecido como dr. Lund (1801-1880), viveu mais de 40 anos e, 
por suas pesquisas usadas até por Charles Darwin (1809-1882), 
autor da teoria da evolução das espécies, é considerado o 
“pai da paleontologia brasileira”. Até hoje, dr. Lund é a principal 
referência para estudiosos da paleontologia de mamíferos no Brasil, 
sendo o primeiro a registrar a presença de pinturas rupestres e a 
entrar em algumas das mais de 800 cavernas que explorou na região.

Para conhecer, na prática, importância do novo mapa, nada 

melhor do que visitar áreas de relevância para a paleontologia, 
que são objeto constante de pesquisas dos especialistas. Um bom 
exemplo é a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, 
unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes 
(ICMBio), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne, 
em 36,5 mil hectares, o Parque Estadual do Sumidouro, administrado 
pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), dono de um patrimônio 
natural, paisagístico, paleontológico, arqueológico e cultural sem limites. 
O local integra a Rota Lund, destino turístico que une o Museu de 
História Natural da PUC Minas, no Bairro Coração Eucarístico, 
Região Noroeste de BH, Parque do Sumidouro e grutas Rei do Mato, 
em Sete Lagoas, e Maquiné, em Cordisburgo, ambas na Região Central.

Tendo como guia o gerente do Parque do Sumidouro, Rogério 

Tavares, o EM conheceu algumas grutas da região, que fogem 
ao circuito turístico conhecido. Uma delas foi a Gruta do Baú, 
em propriedade particular, em Pedro Leopoldo, que guarda 
surpresas emocionantes e tem grande beleza cênica. 
Para chegar até lá, o clima é de aventura: mato alto, quase à cintura, 
nuvens de pernilongos, abelhas, umidade do solo, gotejamento e 
morcegos, felizmente sem nenhuma cobra à vista. Vale todo o esforço 
para encontrar, incrustado na parede de uma caverna, como 
joia preciosa de milhões de anos, o pequeno osso de um crânio, 
que, segundo Tavares, seria de um cervídeo.

É com satisfação que ele mostra o fóssil, para, em seguida, 

seguir para Gruta do Sumidouro, onde Lund encontrou 30 
esqueletos humanos associados a ossos da megafauna, 
levando à evidência sobre a convivência de humanos com 
animais de grande porte. O lugar, de calma e exuberância, 
tem trilhas e mostra que todo esse patrimônio natural, 
formado por água, rochas e vestígios históricos, precisa 
ser preservado a todo custo. A APA Cárstica foi destacada 
pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (Sigep), 
vinculado à Organização das Nações Unidas para Educação, 
Ciência e Cultura (Unesco), como uma unidade de importância mundial.

EXPOSIÇÃO Muitos fósseis de Minas foram destruídos e 

grande parte seguiu para o exterior. Ao lado da Gruta da 
Lapinha, em Lagoa Santa, o governo estadual constrói um 
receptivo turístico, que vai abrigar uma sala de exposição, 
na qual uma das estrelas será a mostra permanente de 70 
fósseis do Museu Zoológico de Copenhague, que serão 
cedidos pelo governo da Dinamarca em regime de comodato. 
Durante mais de quatro décadas em que viveu na região de 
Lagoa Santa, Lund enviou ao seu país uma coleção com 
12.622 peças, a maioria encontrada na Gruta Lapa Vermelha, 
em Lagoa Santa – destruída por uma empresa, na década de 
1970, que transformou o tesouro natural em sacos de cimento. 
O acordo para a transferência do material foi selado, em 2009, 
entre autoridades mineiras e dinamarquesas. 
“O Mapa Paleontológico vai permitir maior controle e 
proteção de todo esse acervo. Esperamos que, no futuro, 
ele seja mais detalhado, mostrando a particularidade de 
cada província paleontológica, para evitar furtos e 
intervenções indiscriminadas nesse patrimônio”, defende Tavares.
 No museu da PUC, exposição atrai 
atenção para fauna que já 
habitou território mineiro


Bússola do patrimônio


Fotos: Beto Novaes/EM/D.A Press
Castor Cartelle alerta 
para atividades que ameaçam
a integridade do acervo mineiro

A elaboração do Mapa Paleontológico de Minas Gerais encontra
boa ressonância entre autoridades do setor de licenciamento e
fiscalização, bem como entre estudiosos do tema e dirigentes de
instituições. O diretor do Centro de Pesquisas Paleontológicas L. I. Price e
Museu do Dinossauro de Uberaba, ligado à Universidade Federal
do Triângulo Mineiro (UFTM), Luiz Carlos Borges Ribeiro,
acredita no documento como ótima referência para cientistas e
leigos. “Os fósseis são estruturas muito frágeis. Essa parceria
do MPE e DNPM vai gerar um processo de conscientização
para se preservar o patrimônio”, diz. O museu, implantado em
1992 no Bairro de Peirópolis, na cidade do Triângulo Mineiro,
é reconhecido internacionalmente pelas suas pesquisas com
vertebrados que viveram no fim do período cretáceo
(entre 80 milhões e 65 milhões de anos) e muito procurado
por estudantes e turistas.
O superintendente do Ibama em Minas, Alisson José Coutinho,
também destaca a importância do uso do novo mapa para concessão
de licenciamentos ambientais e fiscalização. “Será uma ferramenta
de gestão fundamental para o nosso trabalho, pois traz orientação,
considerando os procedimentos de licenciamento, com vários níveis
de exigência. Sabia da existência de um levantamento espeleológico
(grutas e cavernas), e temos muitas informações sobre essa área, mas,
sobre fósseis, é a primeira vez”, afirma Alisson. Ele acredita que o
documento cartográfico será útil até para nortear implantação de
futuras unidades de conservação com o foco em paleontologia.


PREOCUPAÇÃO O Museu de Ciências Naturais da PUC Minas,
em BH é mais um cenário perfeito para se ver a importância de
Minas no mapa-múndi da palentologia. Conversando com jovens
estudantes, em visita à instituição ou atuando no laboratório, o
professor e pesquisador do museu Castor Cartelle – uma das maiores
autoridades no país em paleontologia – destaca os estragos causados a
esse patrimônio, ao longo dos anos, por atividades como a mineração e
construção de rodovias.


“Minas tem importância na paleontologia, e Uberaba está no mapa
mundial do setor desde a década de 1940, mas, 20 anos depois,
quando foi construída a estrada Uberaba-Uberlândia, ninguém
levou em consideração que ali era um sítio importante de dinossauros”,
exemplifica. Para ele, será fundamental que, no caso da construção de
uma barragem, para a qual se exige um laudo arqueológico, seja
necessário também um parecer paleontológico. Cartelle se preocupa
particularmente com o projeto do futuro Rodoanel, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, cortando áreas de relevância.
E destaca como áreas importantes o Norte de Minas, de Manga a
Montes Claros; o trecho de Pains a Curvelo; o Vale do Rio das
Velhas (Lagoa Santa e Pedro Leopoldo); Ouro Preto e Triângulo Mineiro.


DIVERSÃO Engana-se quem pensa que a importância
do novo mapa se restringe a estudiosos e técnicos de
órgãos públicos. A atração que o tema paleontologia
desperta não apenas entre especialistas pode ser conferida
no museu da PUC, onde a garotada em férias vai da
aprendizagem à diversão, principalmente quando está
diante da réplica do maior dinossauro descoberto no Brasil
– o Uberabatitan riberoi –, herbívoro quadrúpede, de 3,5
metros de altura, filho ilustre do Triângulo Mineiro.


O estudante Arthur Henrique Carvalho Amendoeira,
de 10 anos, morador do Bairro Sagrada Família, na
Região Leste de BH, lembra que os fósseis, originais
ou réplicas, são muito importantes para “o conhecimento
da nossa história”. No espaço dedicado à Coleção Lund,
Maria Fernanda Maia Abreu, de 8, moradora do Gutierrez,
na Região Oeste, e Raphael Lindsay Mitraud Moreira, de 8,
do Bairro Canaã, na Norte, veem a beleza de cada peça
em exposição e pretendem voltar outras vezes.
Os adultos também se encantam, a exemplo do
administrador Rafael Campos das Dores, de 30, morador
do Bairro Minas Brasil, na Região Noroeste, que gostou de
tudo o que viu: “Museu é cultura e todos podem
aprender muito numa visita”.

20 de janeiro de 2011

NASA Mars Orbiter Spots Caves on Red Planet!

January 04, 201

Mars-pits-larger_30636_600x450























Huge pits or caves pumcture a bright, dusty plain near the 
Martian volcano Ascraeus Mons in an image taken between 
October 1 and November 1 by NASA's 
Mars Reconnaissance Orbiter (MRO).
Caves and other underground structures, including lava 
tubes, and canyon overhangs would be potentially useful for 
manned missions to the Red Planet, providing shielding from both 
the elements and intense radiation that a Mars mission would expose 
astronauts to. They might also offer access to minerals, gases, ices, and any 
subterranean life that the crew of such a mission would probably be searching for.
Released in December, the image is among a series of new views snapped by
MRO's HiRISE camera that show intriguing geological features on Mars.
Each image covers a strip of Martian ground 3.7 miles (6 kilometers) wide
and can reveal a detail about as small as a desk—and so far no sign 
of Star Wars monsters.

5 de janeiro de 2011

A maior caverna do mundo tem uma floresta inteira dentro, e espaço para prédios de 40 andares

Enviado por Fabrício Muniz. Guano speleo UFMG
De2Janeiro
Hang Son Doong, no Vietnã, é a maior caverna do mundo, com espaço suficiente para que fosse construída uma cidade. Estas imagens impressionantes te levam para dentro deste mundo perdido.
Surpreendentemente, a caverna só foi descoberta há vinte anos, e só agora está sendo adequadamente vistoriada. A National Geographic tem uma matéria muito interessante sobre as recentes explorações da caverna, mas a parte mais legal é mesmo a coleção de fotografias tiradas dentro dela.

Não esqueça de dar uma olhada na galeria deles, com a coleção completa de fotografias incríveis de Carsten Peter. Enquanto isso, fique com uma pequena amostra para te deixar no clima da exploração. Acima, temos provavelmente a passagem subterrânea no planeta, onde caberia um conjunto de prédios de 40 andares com facilidade. Para ter uma ideia da escala desta câmara, basta olhar para o explorador solitário no centro da imagem.
E temos também a selva da Hang Son Doong:
Esta pequena floresta, apelidada de “Jardim de Edam”, formou-se sob uma parte desabada do teto da caverna, que permitiu a entrada de luz e de vegetação. Não sei se alguém confirmou isso oficialmente, mas acho que podemos dizer com alguma certeza que esta é a maior floresta dentro de uma caverna do mundo.
Outras imagens nem parecem ser deste planeta:
Estas saliências cobertas de algas formaram-se graças à água que transborda das poças e molda as paredes dessa forma. Estas imagens incríveis são apenas uma pequena das maravilhas de Hang Son Doong, então não deixe de ir até o site da National Geographic para dar uma olhada.

Restos de 400 mil anos do Homo sapiens são descobertos em Israel

Enviado por Fabrício Muniz - Gunao Speleo UFMG.


JERUSALÉM — Restos do Homo sapiens de 400.000 anos, ou seja, 200.000 anos a mais do que os conhecidos, foram descobertos em Israel, anunciou nesta terça-feira o responsável pelas escavações do Instituto de Estudos Arqueológicos da Universidade de Tel-Aviv, Avi Gopher.
"Descobrimos numa gruta situada a leste de Tel-Aviv oito dentes que poderiam representar os primeiros traços do Homo sapiens", afirmou Gopher à AFP.
"A análise de estalagmites e estalactites, assim como outros materiais descobertos no local, indicam que esta caverna começou a ser utilizada há 400.000 anos", explicou.
"Os dentes encontrados na gruta Qessem estavam espalhados entre as diversas camadas da caverna, alguns remontando a 200.000 anos, e os mais antigos, a 400.000 anos", acrescentou Gopher.
"Até o momento, ficou estabelecido que os traços mais antigos do Homo sapiens que conhecemos estavam no leste da África, datando de 200.000 anos, ou um pouco menos", destacou.
Gopher precisou que um primeiro dente havia sido encontrado em 2006 na caverna Qessem, mas seus colegas e ele próprio preferiram continuar a escavar, até encontrar outros e realizar uma série de testes e exames de datação, até anunciar a descoberta.
"Os trabalhos continuam nesta gruta. Cientistas esperam encontrar outros vestígios que lhes permitam apoiar seus estudos e melhor compreender a evolução da humanidade e o aparecimento do homem moderno", informou em comunicado a Universidade de Tel-Aviv.