23 de março de 2010

Pains, um olhar ao Éden.

Pains é um município que fica na região Oeste de Minas Gerais, com área de 418,04 quilômetros quadrados, representando cerca de 0.0713% do Estado mineiro e, população atual de 7.798 habitantes. (fonte: site oficial de Pains).


Apesar do seu tamanho ser relativamente pequeno comparando-se com a região Metropolitana de Belo Horizonte, a cidade é de suma importância por acolher inúmeras cavernas que, ainda, correm o risco de serem destruídas pelas mineradoras que as cercam. Veja aqui sobre a "Operação pré cal" em Pains/MG.
Perante essa magnitude, o nosso Geógrafo e membro fundador do Guano Speleo UFMG, Flávio Scalabrini Sena, produziu um artigo que revela o processo de tombamento da gruta do Éden e a descoberta dessa cavidade, tão imensa, tanto pelo seu tamanho como do seu valor e beleza.

Pains/MG - Éden, gruta do Rio
HISTÓRICO DE TOMBAMENTO DA GRUTA DO ÉDEN, PAINS/MG
FLAVIO SCALABRINI SENA
Geógrafo - Espeleólogo GUANO SPELEO-MHNJB/UFMG - Analista Ambiental



A gruta do Éden (SBE: MG 130) foi batizada com esse nome pelo espeleólogo Leonardo Ribeiro, que juntamente como os espeleólogos, à época: Rodrigo Rodrigues, Cristina Magni e Ricarlo Lara. Descobriram a cavidade em novembro de 1988. Eles pertenciam ao já extinto Grupo Agster de Pesquisas Espeleológicas - GAPE, grupo de espeleologia que entre 1987 e 1994 trabalhou na região de Pains, cadastrando, mapeando e pesquisando cavernas. Tendo descoberto e mapeados cerca de 66 cavidades.

A gruta do Éden tem 3 níveis: um totalmente seco e superior, um intermedíario representado pelo curso d´água e um terceiro completamente afogado ou submerso. Possui até o momento cerca de 2.500m, sendo cerca de 700m afogados e espeleotemas raros, grande volume, paleodutos, etc.

Ao contrário do que está sendo veiculado pela mídia da região a caverna está em franco processo de degradação advinda principalmente por turistas que adentram a cavidade e a modificam fortemente. Cabe ressaltar também que a cavidade não é indicada ao turismo, pois, apresenta frágil ecossistema, que era confinado, raros e frágeis espeleotemas e drenagem subterrânea que inclusive abastece a cidade a jusante... Leia mais sobre o assunto
 clicando aqui!

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa tarde moçada...

Sou Mauro Rabelo, membro do EPA Espeleogrupo Pains, porem moro hj em Campo Belo, assim sou um painense ausente. Por isso montei o blog: www.painenseausente.blogspot.com que está aí pra homenagear Pains e suas belezas.Já sigo este blog...da uma conferida lá

Saudações Espeleológicas

Mauro